Dia do bem – O evangelho ainda tem salvação

Dia do bem – O Evangelho ainda tem salvação

Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo?
Porventura, não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desabrigados, e, se vires o nu, o cubras, e não te escondas do teu semelhante?
Isaias 58:6 e 7

De repente, um som altissonante e poderoso de tambores, rompe o céu da Praça da Sé, e no lugar onde se ouve normalmente gritos de dor, pranto e miséria humana, se fez ouvir um lindo barulho de esperança e vida.
Naquele momento, no meio da multidão conclui que a forma mais contundente de saquear o inferno e seus malefícios é o Amor, neste instante texto que diz “...Porque o amor de Cristo nos constrange...” passou a ter um significado diferente pra mim.

Não foi de impressionar o número de pessoas, mas, foi de impressionar o que elas representavam e o recado que foi passado, e este recado, foi dado não somente aos desvalidos da cracolandia, mas, principalmente aos “chamados cristãos” que não tem reproduzido a verdadeira mensagem do evangelho.
Foi lindo ver igrejas tão diferentes em suas linhas dogmáticas e teológicas, pude presenciar comprometimento da Família Vila Mariana na pessoa do André Marçal, a espiritualidade e a competência da bateria da igreja Bola de Neve, o amor pelas vidas de tantas pessoas, foi bacana presenciar o apoio das ONG’s, e principalmente saber que muito antes de tudo acontecer já existiam missões atuantes naquele lugar, essas sim, é que devem ser louvadas, elas sim, é que entenderam a verdadeira mensagem do evangelho.
Acabei por me lembrar da frase de um pastor muito criticado por apologistas e blogueiros de meia pataca.
“Aquilo que nos une é infinitamente maior do que aquilo que nos separa”

È claro que todos aprendemos um pouco mais com tudo isso, mas é preciso também saber que o evangelho não deve ser “algo” de fora pra dentro, mas, de dentro pra fora, não deve somente ser motivo de discussões acaloradas sobre regras, mas deve ser o fator motivador que “empurra” cada um de nós na direção dos menos favorecidos.
Ao invés de buscar promover-se em redes sociais, não seria mais prudente cuidarmos dos órfãos e das viúvas?
Ao invés de ficarmos “papagaiando” frases e pensamentos de pseudopastores radicais e fundamentalistas, que tal reproduzirmos as palavras do próprio CRISTO e absorvermos a adúltera, perguntarmos ao aleijado “queres ser curado”? , juntarmos nossos pães e nossos peixes e com eles alimentarmos a multidão faminta, ou então enviarmos as nossas ofertas aos aqueles que de fato necessitam.
Fico feliz por ver que ainda existem homens e mulheres que nem o mundo nem muitos pseudo-cristãos são dignos de sequer beijar seus sapatos.
Homens e mulheres que talves nem consigam diferenciar “exegese de eisegese”, mas que conseguem como ninguém reproduzir o Amor e a Graça do PAI em prol daqueles que mais necessitam.
Particularmente fiquei com vergonha de mim mesmo quando vi que muitas vezes perdi tanto tempo em coisas pouco práticas, e que o essencial muitas vezes foi deixado de lado.
Fica aqui o meu mais profundo respeito por todos os irmãos que reproduziram o próprio JESUS para cada uma das pessoas da cracolandia.

Depois de tudo isso aprendi algo valioso  “O evangelho;... ainda tem jeito”
Shalon
João Ricardo